Investigadora do CIIMAR e da FCUP preside à Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Restauro com a missão de monitorizar a evolução do Plano e assegurar a discussão adequada desta temática.
A investigadora do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e professora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP),
Isabel Sousa Pinto, preside à Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Restauro, que tem como missão monitorizar a evolução do Plano e assegurar a discussão adequada desta temática.
No seguimento da aprovação da Lei do Restauro, em junho de 2024, pelo Conselho da União Europeia, o Governo Português está a avançar com os trabalhos para a elaboração do Plano Nacional de Restauro da Natureza.
Para isso, selecionou especialistas que podem dar um forte contributo no seu desenho e implementação, como é o caso da investigadora Isabel Sousa Pinto, convidada para presidir à comissão de acompanhamento.
A presença da investigadora do CIIMAR e da FCUP nesta comissão acontece depois do envio de uma
Carta Aberta, promovida por um conjunto de investigadores do CIIMAR e subscrita por investigadores de todo o país, a apelar para um plano nacional de restauro que “não deixe o mar para trás”.
A presidência de Isabel Sousa Pinto na comissão de acompanhamento poderá assegurar as preocupações da comunidade científica nacional representados na carta enviada em novembro, para o desenho de uma estratégia que tenha em conta o mar e os recursos marinhos.
O despacho ministerial, publicado a 25 de outubro, refere que o Plano Nacional de Restauro da Natureza deve estar concluído até 18 de agosto de 2026, ou seja, a equipa liderada pela investigadora terá cerca de um ano e meio para produzir este documento.
O Plano Nacional de Restauro da Natureza
O Parlamento Europeu determina que Portugal restaure um mínimo de 30% das áreas de habitats em condição desfavorável sendo que a área a restaurar aumenta até 60% em 2040 e 90% em 2050. O nosso país deverá ainda assegurar que o estado de conservação da maioria destes habitats seja conhecido até 2040. A percentagem de habitats marinhos em estado de conservação desfavorável em Portugal pode chegar aos 75%, segundo o Sistema de Informação sobre Biodiversidade para a Europa, e pode incluir pradarias de ervas marinhas, florestas de macroalgas, jardins de esponjas e corais, e fontes hidrotermais.
Sobre Isabel Sousa Pinto
Isabel Sousa Pinto é investigadora e membro da direção do CIIMAR e professora no Departamento de Biologia da FCUP. Foi representante de Portugal no Intergovernamental Panel on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES) até 2018, ano em que foi eleita para o painel que supervisiona todo o trabalho científico desta plataforma das Nações Unidas. Colidera a MBON - Marine Biodiversity Observation Network, uma organização internacional de Observação do Oceano.